Rivalidade, polêmica, expulsão, gol anulado, provocações… O clássico Operário e Mixto teve todos os ingredientes esperados de um duelo tradicional. Na rodada de abertura do Campeonato Mato-grossense, neste domingo com um bom público no Estádio Presidente Dutra, os dois maiores rivais do futebol regional empataram em 1×1.

Como esperado, o jogo começou com forte marcação, mas o Operário jogava mais no campo do Mixto e foi o primeiro a finalizar, com Jean chutando por cima do gol de Igor aos 4 minutos.

O Alvinegro chegou pela primeira vez aos 9 minutos, e chegou para abrir o placar. Kiko tentou jogada pelo lado esquerdo, caiu em disputa de bola com Kall e o árbitro Wagner Reway marcou pênalti, que João Paulo cobrou com categoria para fazer 1×0 para o Mixto.

O Tricolor criou bom momento aos 15 minutos: Eduardo Ratinho cobrou falta pelo lado esquerdo, a bola passou no meio da zaga e o goleiro Igor defendeu, rebatendo para Zé Adriano afastar o perigo.

O Mixto voltou ao ataque cinco minutos depois com Felipe finalizando de fora da área, com perigo, por cima do gol de Wallison.

Aos 22 o lance mais polêmico do jogo. Vevé cobrou escanteio pelo lado direito, a bola passou por todo mundo e Marcão surgiu no ‘segundo pau’ para cabecear: raspou na bola, que tocou no seu braço esquerdo e foi para a rede. Reway correu para o meio do campo, validando o gol, o que gerou protestos dos mixtense. O árbitro então conversou com Rubinho e anulou o lance, sendo desta vez pressionado pelos operarianos.

Depois disso o jogo seguiu em ‘banho maria’, com poucos lances de emoção. O Operário seguia com mais posse de bola, mas só aos 43 minutos surgiu uma nova finalização com perigo: Felipe Delgado chutou da entrada da área, por cima do gol de Igor.

Terminado o primeiro tempo, os jogadores do Operário correram outra vez para reclamar com Reway por causa do gol anulado. “Ele (o árbitro) esperou a definição da tevê para anular o gol”, afirmou o meio-campista Renan ao repórter Higor Ramos, da Rádio CBN, garantindo que “ele foi claro ao dizer que esperou a confirmação da tevê”.

O segundo tempo começou como terminou a etapa inicial. Muita disposição e marcação, pouca inspiração. O Mixto voltou com Jean no lugar de Felipe e o Operário trocou Eduardo Ratinho por Ley.

Até que aos 8 minutos o Mixto chegou duas vezes muito perto do seu segundo gol, em um só lance: Sandro fez boa jogada e tocou para João Paulo, que cortou o zagueiro e chutou de pé-esquerdo acertando a trave tricolor; no rebote, João finalizou novamente e desta vez Jamba salvou o Operário quase em cima da linha.

Quatro minutos depois veio o empate do Chicote. Ley trocou passes com Vevé pelo lado direito e cruzou para Pretinho, que, por traz da zaga, recebeu sozinho, dominou e bateu rasteiro, de pé esquerdo, deixando tudo igual – 1×1.

Depois de uma nova discussão entre os jogadores, desta vez por causa de um lance envolvendo o atacante operariano Marcão, que pediu pênalti, o Tricolor criou mais um grande momento: no cruzamento que veio da esquerda, o zagueiro Rafael Pedro cabeceou e o goleiro Igor foi no ângulo direito para fazer uma grande defesa e evitar a virada.

Aos 23 minutos o zagueiro Robinho, que já tinha amarelo e também esteve envolvido no lance com Marcão, fez falta em Renan e foi expulso. O técnico Zé Roberto tinha acabado de trocar Nenem por Katita e, em seguida colocou Douglas no lugar de Sandro para recompor o sistema defensivo.

Com um a mais em campo, Ary Marques trocou Felipe Delgado pelo meia Altieri. O Operário ampliou seu domínio, passou a finalizar mais, porém sempre de fora da área e sem grande perigo para o gol mixtense. O melhor lance surgiu aos 36 minutos com Vevé cobrando falta pelo lado direito e Igor desviando por cima do travessão.

Aos 40 minutos Pretinho perdeu o ‘gol mais feito do dia”. Recebeu um belo passe de Jamba no meio da zaga e, na frente do goleiro, chutou pra fora, à direita do gol. O time várzea-grande continuou pressionando, mas não conseguiu a virada.

Fim de jogo, Operário 1 x 1 Mixto.

Os dois times voltam a campo quarta-feira: o Mixto joga em Sinop e o Operário em Lucas do Rio Verde.

Os times:

Operário – Walisson; Eduardo Ratinho (Ley), Kall, Rafael Pedro e Felipe Delgado (Altieri); Jamba, Jean, Renan e Vevé; Marcão (André Nelles) e Pretinho. Técnico: Ary Marques.

Mixto – Igor; Denílson, Zé Adriano, Robinho e Rogério; Paulinho Pitbull, Kiko, Nenem (Katita) e Sandro (Douglas); Felipe (Jean) e João Paulo. Técnico: Zé Roberto Silva.